18 dezembro 2010

Os gays e suas mães

O homem é dono do que cala e escravo do que fala.
(S.Freud)

Quando perdi minha mãe, resolvi escrever para meus amigos e contar da minha perda. Fiz uma carta padrão e enviei para minha lista de amigos por email. Está transcrita abaixo.

Ola,
Minha mãe faleceu em Juiz de Fora ontem. Achei que devia lhe comunicar e escrever algumas linhas sobre quem era dona Carolina. Não fosse somente a admiração que tinha por ela como pessoa, guerreira, otimista delirante, o talento para dar o passo maior que a perna sempre sem pensar se vai dar errado lá na frente, sem dizer mas dando a entender que o maior fracasso do mundo valeu a pena tentar; mais que isso eu tinha uma aproximação especial com ela desde criança.

Herdei da minha mãe o talento de fazer virar o jogo, de não aceitar a adversidade de braços cruzados, humildade sim, mas aceitar humilhação, jamais! Analfabeta até a vida adulta dizia aos sete filhos que não temos talento para roubar, portanto, pra deixar de ser pobre lascado, o melhor é estudar. E ela conseguiu, todos nos formamos em alguma coisa. É dela o mérito que tenhamos quando adultos uma vida melhor do que a que experimentamos quando crianças, no interior de Minas.

Mamãe era servente escolar e ganhava salário mínimo.
Em dezembro de 1968, grávida de seis meses, saiu a transferência dela de Guidoval para Juiz de Fora. Contratou um caminhão e colocou em cima dele nossos parcos cacarecos e lá fomos todos juntos sem saber ao certo pra onde. Tinha uma panela de feijão cozido e ela comprou pães para comermos na viagem. Ela só havia estado em Juiz de Fora uma vez na vida. Papai não subiu no caminhão. Inseguro, ficou morando com a mãe dele até nos instalarmos na nova cidade. Só então ele chegou.

Por muitos anos vivi colado com ela, e agora vou ter que, como as lagartixas, me ver regenerando a minha metade que morreu com ela ontem.

No sábado à noite, quando ela já estava nos seus estertores, deu-se a festa de formatura de meu sobrinho, que a mamãe adorava. Desolada, sem animo para ir ao baile e dançar a valsa com o filho, minha irmã disse que não iria, não tinha condições. Mas uma outra irmã, mais velha, se lembrou da mamãe: "Rose, no dia do seu casamento há trinta anos morreu o irmão da mamãe, e ela foi assim mesmo à cerimônia. Quando voltou para casa, mudou de roupa e foi enterrar o irmão. Se ela estivesse aqui agora, te obrigaria ir ao baile do seu filho. Portanto, pare de chilique e vá se aprontar. E bem bonita!" E assim quase todos foram ao baile - e dançaram muito.
Na manhã seguinte, às seis horas, tocou o telefone.

O que fica dela é o achar que vai dar certo.
Não acredito em vida após a vida, em reencontro, em au-delà, mas ela estará agora e para sempre viva no meu coração e na minha memória.


Mãe e mulher não são a mesma coisa, são funções estanques com contornos bem definidos. Prova disso é que a visão de um seio de mãe amamentando um bebê é considerada anti-erótica, dificilmente excitaria alguém e funciona de maneira oposta à visão de um seio desnudo de mulher. Aquelas mulheres que não conseguiram ascender ao lugar de mãe, as que não souberam fazer a diferença desses papéis gostariam que seu filho fosse gay. Não há maneira mais eficiente de mantê-lo solteiro, longe de uma rival e, portanto, livre só para ela. E se o pai – ou qualquer outra pessoa que preencha este lugar – não fizer um corte, se não der um basta quando ela se excede nos cuidados e mimos, ela vai continuar tentando a vida toda. Só que o esforço da mãe, sozinho, não basta: é preciso que o filho também esteja disposto a participar da brincadeira. São precisos dois para se dançar um tango.

Ninguém pode desconhecer a preferência velada que as mães sentem por seus filhos homens e o relacionamento espinhoso que mantêm com suas filhas. O difícil de explicar, entender e aceitar são os motivos pelos quais elas agem assim. A teoria psicanalítica preconiza que ali pelos três anos de idade, quando a menina se dá conta de que os meninos possuem um pênis e ela não, ela sente um grande pavor, intui que deve ter feito algo terrível, de que ela não se lembra, para que este lhe tenha sido cortado.

A grosso modo, por isso ela passaria o resto da vida devendo um falo ao mundo, e para compensar sua falta, coloca um milhão de outras coisas em seu lugar. Afinal, se dois ou três pares de sapato bastam para manter seus pés protegidos, por que desejar duzentos? Quando finalmente, já adulta, ela dá à luz um menino, é como se tivesse quitado sua dívida com o mundo, está dela remida e vai fazer o que for possível para ficar próxima dele o máximo de tempo possível. A rixa que as sogras têm com suas noras advém daí: é que estas são as suas sucessoras e, via de regra, suas rivais. Nenhuma moça é boa o suficiente para tomar conta do falo que essa mulher engendrou dentro de si, botou para fora e carregou em segurança até ali.

Os gays são os filhos ideais para qualquer mãe, são eles que não as abandonam, que as fazem companhia, que as fazem rir, que cuidam delas quando ficam velhas e doentes, pois jamais colocaram outra mulher em seu lugar. Um homem gay adulto, mesmo casado com outro homem continua sendo considerado solteiro por ela e por sua família, portanto, disponível para cuidar da mãe sempre que necessário. O lugar de destaque dessa mulher estará para sempre preservado no imaginário de amor perfeito desse homem. O amor deles é reservado para sempre para essa mulher ideal que eles conheceram quando ainda eram bebês.

Ao contrário do que muitos acham, ninguém nasce gay, ou lésbica. A sexualidade, entre outras características, vai sendo formada aos poucos, através de identificações por que a criança passa na primeira infância. O que de fato nascem são bebês que só chegaram a nascer por serem o resultado do desejo de alguém. Se serão reconhecidos como filhos por quem os pariu, isso já é outra questão. O bebê, ao nascer poderá ou não ser adotado como filho pelos seus pais. O fato é que mesmo antes de nascerem já não pertencem a essa mulher, pois já estão inscritos simbolicamente na cultura na qual ela vive. Já se sabe de sua existência, já se fala deles, já se refere a eles no masculino ou feminino, já detêm direitos por lei. Prova disso é que mesmo estando dentro do corpo dessa mulher, ela não tem, por lei, direito de dispor dessa criança a seu bel prazer. Mesmo nascendo feito um cd virgem, são portadores de um imenso potencial de virem a ser o que quiserem na vida.

Sem o desejo de alguém, a cria humana morre minutos após nascer. A nossa espécie não é como outras do reino animal. Requeremos cuidados intensos durante pelo menos os primeiros cinco ou seis anos de vida. Daí para frente a criança meio que sobrevive sozinha. Para comprovar minha teoria há as crianças que vivem em situação de rua, vendendo doces em sinais de trânsito. Mal aprendem a falar e já sabem esticar o bracinho e pedir dinheiro em troca de sua mercadoria.

Quando o bebê nasce, ele tem muito poucos desejos, são apenas as necessidades básicas para se manter vivo: alimento e fralda limpa. Está ali presente também uma demanda de amor que, ao ser ou não atendida, pode determinar a saúde desse bebê. Não é desconhecido de enfermeiras da pediatria o fato de bebês filhos de parturientes deprimidas, e, portanto, incapazes de demonstrar afeto, recusarem o alimento nos primeiros meses de vida. Alguns morrem de anorexia. Nesses primeiros meses de vida a mãe – ou a tomadora de conta, que seja – tem como suprir cem por cento de suas necessidades. Ao se desenvolver para se tornar adulto, entretanto, o sujeito vê esses desejos se multiplicarem até se tornarem incontáveis, todos eles sempre prometendo – mas nunca de fato entregando – a verdadeira e duradoura felicidade. Tão logo se satisfaz um desejo, necessidade ou capricho, outro igual ou mais premente já se configura no horizonte. E assim passamos a vida toda correndo, perseguindo a tal felicidade. As coisas capazes de tamponar esse buraco, é melhor se afastar delas. Qualquer tipo de fanatismo, o religioso mais comumente, perversão sexual e drogas pesadas cumprem muito bem esse papel.

Mal o bebê abre a boca e chora avisando que lhe falta algo, de lá vem ela correndo, descobre o que ele deseja e lhe supre imediatamente. Mais ou menos aos oito meses de idade, segundo alguns autores, uma paixão que busca recompensa erótica se forma no bebê tendo a mãe como objeto de prazer. Não importa se é menino ou menina, ambos se apaixonam perdidamente pela mãe e não querem mais se desgrudar dela, o pai passa a ser um empecilho entre os dois. O que cada um vai fazer com essa paixão desmedida – e não correspondida – é que vai determinar a direção que a sexualidade dessa pessoa vai tomar mais tarde.

O menino de três anos, que mais tarde se tornará homossexual, ao perceber que essa mulher fálica por quem ele está apaixonado e de quem ele espera a tal recompensa erótica jamais será dele, que ela não poderá lhe dar o que ele dela espera e que ela já pertence a outra pessoa (ao pai, a outra mulher e mais uma lista de impedimentos) ele toma o seu lugar, transforma-se nela e passa a desejar o pênis do pai. Se o inimigo é mais forte do que eu, uno-me a ele. Nunca é demais lembrar que toda essa operação é inconsciente e ninguém seria estúpido o suficiente para afirmar que crianças desejam fazer sexo com seus pais.

O prazer erótico dos bebês ainda não está localizado em seus genitais, seu corpo é uma zona erógena por inteiro, por isso diz-se que sua sexualidade é polimorfa perversa. Todos já viram um bebê ter uma ereção durante o banho e urinar um jato comprido no rosto da mãe. Ela ri como deve rir e jamais imagina o que aquilo significa para ele. E o pai ou mãe que ousar realizar aquilo que filho/filha inconscientemente fantasia, estará destruindo de maneira irreversível seu aparelho psíquico. A “saúde mental” de pessoas consideradas psíquica e emocionalmente estáveis é calcada em cima da falta, do “eu não tenho”, “eu gostaria, mas não posso...”, “ah, se eu pudesse...”. Esse é o primeiro não com que havemos de aprender a lidar. Se o corpo receber aquilo com o que fantasia, a mente da criança pequena se decompõe, vira cocô. Ela não tem como se colocar frente a uma equação tipo xis sobre zero.

A partir dessa identificação simbólica com a mãe, alcançada através da união ao objeto de seu desejo, o menino passa a ser um apêndice de seu corpo físico imaginário. Não é raro ver gays falarem de suas mães como extensões de seus corpos físicos: mamãe e eu somos uma só pessoa, ela fala e eu assino embaixo e quando ela fica doente eu sofro tanto quanto ela e vice-versa. Mamãe é uma bailarina maravilhosa. Sou uma cópia mal feita dela. Ou será que ela é que é cópia minha? Quem nunca ouviu um gay falar assim de sua mãe? E essa aproximação não esmaece com os anos, gays idosos relatam jamais ter amado outra mulher na vida, as conversas giram invariavelmente em torno dessa mulher fantástica. Também não é rara a semelhança física entre eles, com trejeitos, andar e risada idênticos um ao outro, do que eles têm grande orgulho, pois seu reconhecimento parece coroar o esforço de ter conseguido ser parte do corpo dela. Infelizmente, o que muitas mães não sabem é que a sexualidade de seus filhos encaminhou-se nessa direção por causa um amor desmedido que não pôde acontecer.

Quando o coroado estilista inglês Alexander McQueen perdeu a mãe em fevereiro de 2010, o golpe parece ter sido demais para ele: dez dias depois de sua morte e véspera do enterro dela, ele se enforcou com seu cinto marrom favorito em seu guarda-roupas, sozinho em seu luxuoso apartamento de Londres. Dias antes ele havia dito na imprensa que metade dele havia morrido com ela. Esses dados podem ser facilmente averiguados na internet.

Porque vivemos em um caldo cultural heteronormativo, em que o macho adulto branco está sempre no comando e as mulheres aceitam caladas receber em média setenta por cento do salário dos homens para executar igual tarefa, poucas mães têm a clareza de espírito para poder aceitar e amar seus filhos homossexuais do jeito que eles são. Obnubiladas por séculos sob o jugo dominador dos homens, elas próprias, e sem se dar conta, são as que educam seus filhos para serem machões porque foi dessa forma que nasceram e foram criadas. Elas próprias, paradoxalmente, não raramente expulsam de casa seus filhos adolescentes quando descobrem sua homossexualidade.

Tudo na cultura judaico-cristã ocidental é feito pelo e para os heterossexuais, filmes, novelas, televisão, restaurantes, lojas, etc. O certo é saber que o certo é o certo. E ai de quem sair um milímetro da risca de giz. Em pleno século XXI, o rapaz que se atrever a demonstrar sua afetividade pelo namorado em público poderá ser assassinado. O simples caminhar pelas ruas em grandes cidades brasileiras pode ser arriscado. Sempre se matou muitos gays no Brasil, muito mais que no país dos aiatolás. Se nos causa revolta ver fotos de jovens de vinte anos enforcados em praça pública no Irã por sua orientação sexual, saibam que em nosso país a cada três dias um homossexual é assassinado pelo mesmo motivo – e ninguém vai preso (dados levantados pelo Grupo Gay da Bahia). Entretanto, só depois do advento das câmeras de segurança e da militância incansável de grupos que lutam pela igualdade de direitos, o assunto passou a ser mais abertamente discutido nos meios de comunicação e os criminosos processados.

O traço cultural do machismo vem sendo passado de geração em geração desde muitos séculos. As meninas devem ser sempre boas, obedientes e castas, os meninos podem tudo, principalmente no que se refere a sexo heterossexual. As meninas são vigiadas o tempo todo e sua virgindade deve ser protegida a qualquer custo como se disso dependesse sua honra. O filho, mesmo traindo a namorada, conta com total apoio e discrição parental. Em Minas Gerais os pais dizem toma conta de sua cabrita porque meu bode está solto. Isso quer dizer, meu filho pode comer sua filha quando ele quiser, tome conta dela se não quiser vê-la desvalorizada. Vivendo nesse meio, não é difícil imaginar que uma mãe não conseguiria aceitar facilmente seu filho homossexual. A situação mais comum que se vê desenvolver entre mãe e filho gay é aquela adotada pela política de inclusão de gays nas forças armadas americanas: você não me conta e eu não lhe pergunto, e assim a gente vai fingindo que se engana e se aturando e se amando mutuamente.

O Grupo Arco Iris de Cidadania LGBT do Rio de Janeiro desenvolve um importante projeto social chamado Entre Garotos, que acolhe rapazes de quinze a vinte anos de idade em situação de vulnerabilidade. Em três anos já atendeu a mais de cento e cinqüenta garotos que relatam histórias escabrosas de abuso físico e psicológico sofrido dentro de casa, escola e grupo religioso. Muitos deles são expulsos de casa pelos pais e não têm a quem recorrer, pois a família muitas vezes lhes fecha as portas. A situação de humilhação associada à baixa auto-estima acaba por lhes confundir a visão e eles se tornam promíscuos, abandonam os estudos, abusam de álcool, passam usar drogas e, no limite, se infectam com o vírus da AIDS.

Quanto à D. Carolina, por mais que eu tentasse, ela preferiu evitar uma conversa franca a vida inteira. Nunca me perguntou nada acerca de minha sexualidade e saía sempre pela tangente quando eu tentava conversar com ela a respeito. Com medo de ofendê-la com indiscrições, eu aceitei jogar seu jogo. Ninguém pergunta nada que já não saiba a resposta, ou que não tenha condições de ouvir. Cada um conhece seus limites. Por comodidade ou receio, nunca saberemos, ela fez com que a franqueza não fosse a tônica de nossas conversas. Pouco antes de falecer ela esteve em minha casa para uma rápida visita, num momento de rara audácia em revelações. Raramente esteve aqui, mas quando vinha sempre ficava pouco e sempre com a bolsa no colo em posição de desconforto ou pressa. Disse que minha casa era bonita, que tinha orgulho das coisas que conquistei na vida e mencionou a trajetória de nossa família, mas que não podia aceitar o meu “estilo de vida”. Não explicou exatamente o que queria dizer com aquilo, mas interpretei como uma referência velada ao fato de ser eu casado com um homem e ter adotado um menino, ao invés de ter feito um. Lamento que não tenhamos ultrapassado esse limiar. Desperdiçamos tanto tempo com abobrinhas quando poderíamos ter conversado sobre o que realmente interessa. Mas fomos o que pudemos ser um para o outro.

Uma vez li numa lápide: As lágrimas mais amargas derramadas sobre túmulos são aquelas por palavras deixadas por dizer, por coisas deixadas por fazer. Quanto a isso estou tranqüilo, pois eu disse tudo o que pude dizer, respeitando os seus limites.
Minha admiração por ela vai estar sempre acima disso, que hoje, em perspectiva, vejo como apenas um detalhe.

10 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Oi Angelo, sua história é comovente e Dona Carolina, uma sábia mineira. Sei de seu carinho e amor por ela. Quando observo o relacionamento entre gays e suas mães, acredito ver uma paleta tão diferenciada, como a que vejo com os heteros, mas a identificação profunda entre mãe e filho, até hoje, só vi no caso gay.
Obrigado por sua história
Jairo

10:42 AM  
Anonymous Anônimo said...

Caro Angelo,

achei o texto muito bem escrito e também corajoso, ao fazer, no fundo, uma análise de sua própria condição homossexual. Como a perspectiva e o olhar são explicitamente psicanalíticos, para quem não se identifica com a psicanálise - como é o meu caso, a leitura acaba sendo recebida como um depoimento, uma contribuição para o melhor conhecimento da alma humana, que precisamos sempre tentar penetrar e conhecer.
Assim, neste contexto há mais a agradecer do que a dizer, razão pela qual deixo-lhe aqui, então, meu obrigado pelo envio. Valeu!
Grande abraço, Ricardo

10:50 AM  
Blogger ROBSON TERRA said...

Belíssimo artigo! Conheço você, conheci a família toda e reconheci cada atitude descrita no texto. Tenho um texto seu perdido entre tantas lembranças que me cercam, minha casaa é um museu, que fala da viril energia que pulsa nos homoafetivos. Por ocasião do aparecimento da AIDS no Brasil, você disse: "A energia sexual é tão forte que não vai ser elemento invisível que vai apagá-la." Considero você das pessoas mais inteligentes e lúcidas que conheci. Às vezes, cruel, muito cruel...Beijos.Robson

3:25 PM  
Blogger Luciana Azevedo said...

Que bela história! A minha admiração por você é enorme e aumenta com o tempo.
Beijos

11:24 PM  
Anonymous Anônimo said...

Querido,
muito bonito o seu texto. Lúcido e emocionado.
Obrigado por compartilhar esses pensamentos conosco.
Um beijo,
Fabiano.

9:39 AM  
Anonymous Anônimo said...

Oi Ângelo
li seu texto. Gostei. Tentei responder no blog e não consegui (por incompetência eletrônica).
Escreva, escreva e escreva sobre Dona Carolina, para Dona Carolina e com Dona Carolina.
O que não pôde ser dito, será e ficará como traço.
Abç
Isidoro

4:54 PM  
Blogger Evandro Oliveira said...

Lindo texto, me fez pensar muito na minha mãe, estive 20 dias junto dela, e agora fiquei pensando em quantos coisas podia ter falado e não falei, quanto carinho podia ter dado a mais e não dei.
Por isso quase chorei ao ler:
"As lágrimas mais amargas vertidas sobre túmulos são aquelas caídas por palavras deixadas por dizer, por coisas deixadas por fazer. "

Beijos no coração

www.sabordaletra.blogspot.com

9:04 PM  
Blogger Vânia Pôrto said...

Oi Angelo!

Fascinante!
Olhos da realidade que raramente lemos postada por quem realmente passa e/ou passou por momentos tão delicados. Parabéns pelo desprendimento!
Parabéns pela mãe de fibra, pela herança do bem!
Tenho uma relação muito bacana com gays. Vocês são incríveis!
Abraço!
Vânia

11:55 PM  
Anonymous Anônimo said...

Olá Angelo.

Estou sempre aprendendo com você. Essa reflexão psicanalítica é muito interessante. Felizmente ainda tenho minha mãe, muito ativa, trabalhando e completamente lúcida aos setenta e oito anos. A idade já um pouco avançada dela me causa angústia, pela certeza da falta que me fará. Procuro apoia-la em tudo, mas acredito que mesmo assim, um dia vou achar que poderia ter feito mais. Será isso o meu lado gay?

Um abraço e parabéns pelo excelente texto.

Antonio Eugenio Magarinos Torres

11:17 AM  
Anonymous Anônimo said...

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12:19 AM  

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